divendres, 8 d’octubre del 2010

DAS PALAVRAS ISENTAS DE IDEOLOGIAS A LITERATURA COMO FÉ

um homem mede-se pela extensão do seu raciocínio
lógico
e pela beleza dos pensamentos que produz

A especialização leva à incomunicabilidade social.
à fragmentação do conjunto de seres humanos em guetos culturais de técnicos e especialistas
aos quais a linguagem, alguns códigos e a informação progressivamente sectorizada relegam naquele particularismo contra o qual nos alertava o antiquíssimo adágio:

não é necessário concentrar-se tanto no ramo nem na folha, a ponto de esquecermos que eles fazem parte de uma árvore, e esta de um bosque.


O sentido de pertença, que conserva unido o corpo social e o impede de se desintegrar em uma miríade de particularismos solipsistas, depende, em boa medida, de que se tenha uma consciência precisa da existência do bosque.

E o solipsismo - de povos ou indivíduos - gera paranóias e delírios, as deformações da realidade que sempre dão origem ao ódio, às guerras e aos genocídios.


A ciência e a técnica não podem mais cumprir aquela função cultural integradora em nosso tempo, precisamente pela infinita riqueza de conhecimentos e da rapidez de sua evolução que levou à especialização e ao uso de vocabulários herméticos.

A literatura, ao contrário, diferentemente da ciência e da técnica, é, foi e continuará sendo, enquanto existir, um desses denominadores comuns da experiência humana, graças ao qual os seres vivos se reconhecem e dialogam, independentemente de quão distintas sejam suas ocupações e seus desígnios vitais, as geografias, as circunstâncias em que se encontram e as conjunturas históricas que lhes determinam o horizonte.
Nós, leitores de Cervantes ou de Shakespeare, de Dante ou de Tolstoi, sentimos-nos membros da mesma espécie porque, nas obras que eles criaram, aprendemos aquilo que partilhamos como seres humanos, o que permanece em todos nós além do amplo leque de diferenças que nos separam.
E nada defende melhor os seres vivos contra a estupidez dos preconceitos, do racismo, da xenofobia, das obtusidades localistas do sectarismo religioso ou político, ou dos nacionalismos discriminatórios, do que a comprovação constante que sempre aparece na grande literatura: a igualdade essencial de homens e mulheres em todas as latitudes, e a injustiça representada pelo estabelecimento entre eles de formas de discriminação, sujeição ou exploração."

Mario Vargas Llosa

por mim até podia ser monárquico da esquerda republicana
quem escreve assim não tem tendências absolutistas
ou talvez tenha que importa

3 comentaris:

  1. Um texto absolutamente brilhante, palavra por palavra, perfeito.
    É de um livro? Gostaria dessa informação, por favor.
    Seu blog é muito interesante e espero compartilhar muitas coisas boas com vc.
    Beijokas.
    Seguindo...

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  2. Esqueci de dizer...

    Esse filme, "The professional", é bárbaro e nos leva muito além do óbvio.
    Beijokas.

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en qualsevol moment si tornes a volver ô no, no se suprimiran els enllaços entre ...ahn? quien es?